Nos dias 29 e 30 de junho, Lana Parrilla e outros atores de Once Upon A Time estiveram em Paris participando da The Happy Ending Convention, realizada pela empresa francesa de convenções People Convention.
A atriz, que participou da sua terceira edição do evento, conversou com o pessoal do Just About TV nos intervalos entre suas atividades e você confere a seguir na íntegra a tradução deste bate-papo:
JAT: Olá! Obrigado por ter tirado um tempinho para conversar com a gente. No mês passado você tuitou sobre a nova série do Mike Kelley, “What/If”… Vocês dois já trabalharam juntos em Swingtown, em 2008. Você pode falar um pouquinho sobre a sua experiência nessa série incrível e sobre a sua personagem, Trina Decker?
LP: Eu amo Mike Kelley. Ele é um dos meus amigos mais queridos. Trabalhar com ele foi encantador. Ele é um verdadeiro escritor, um verdadeiro artista e ele realmente entende o desenvolvimento do personagem e toda a sua trajetória. Ele realmente sabe como contar histórias. Swingtown foi uma experiência muito pessoal para ele. Ele cresceu naquele mundo, seus pais viviam naquele mundo. Então, foi realmente uma experiência direta para ele. Ele é um dos meus produtores e escritores favoritos com quem já trabalhei e até hoje é um dos meus melhores amigos.
JAT: Então, 3 anos depois (após o fim de Swingtown), veio Once Upon A Time… Em Once Upon A Time, você teve a oportunidade de interpretar vários personagens: Regina, A Rainha Má, Roni, Úrsula… Foi difícil se acostumar com o ritmo da série?
LP: Às vezes sim. Levou um tempo para entendermos onde estávamos em cada ponto da série devido à linha do tempo, os flashbacks. Nós tivemos que trabalhar com alguém que estava encarregado o tempo todo em descobrir onde estávamos na linha do tempo. No que diz respeito ao personagem, foi um desafio também, porque eu teria que pensar, “Ok, estamos em um flashback, onde no flashback estamos, em que momento da vida de Regina? Ela é a Rainha Má? Ela está se tornando a rainha Má? Ela é a jovem Regina?” Entende? E no Mundo dos Contos de Fadas vimos a evolução dela até se tornar a Rainha Má, mas no presente, em Storybrooke, esta prefeita… ela era muito desafiadora, mas também divertida. Houve um pequeno quebra-cabeça tentando descobrir onde todas essas peças se encaixavam. E eu adorava ser malvada, adorava poder interpretar tantas versões diferentes do meu personagem. Acho que foi um verdadeiro presente e bênção como ator poder ter essa experiência na televisão.
JAT: Regina era uma personagem feminina muito forte e complexa, foi difícil depois de 7 anos deixá-la ir?
LP: Sim. Ainda é muito difícil. Ainda estou aprendendo a libertá-la.
JAT: Você disse várias vezes que dirigir era algo que você queria explorar mais, você dirigiu um episódio na 7ª temporada de Once Upon a Time e foi ótimo.
LP: Obrigada!
JAT: Que tipo de projeto você gostaria de dirigir? Séries, filmes, documentários?
LP: Eu acho que seria muito bom dirigir um filme. Eu ainda não sei o que é isso, como é a experiência, mas também acabei de sair de uma série onde fiquei por 7 anos, me dediquei e trabalhei duro, eu precisava de um tempo longe de tudo isso. Eu tenho tirado um tempo para mim mesma ultimamente, mas eu adoraria dirigir de novo, adoraria encontrar o roteiro certo, o projeto certo a ser feito.
JAT: Você está sempre envolvida em várias causas, como direitos LGBTQ+, meio ambiente, educação, imigração… Você sente a responsabilidade de, como uma pessoa pública, estar envolvida e usar sua voz?
LP: Eu acho que se é autêntico para o ator, se é importante para eles e se eles querem ajudar e usar sua plataforma para isso, então sim, eu acho que é responsabilidade deles. Algumas pessoas não gostam de se envolver e eu respeito isso também, mas eu, por exemplo, sinto que é minha responsabilidade e sinto que eu tenho essa oportunidade porque muitas pessoas ouvem o que eu tenho a dizer, contam comigo para receber algum tipo de conselho, etc… Eu sinto que é minha responsabilidade. Mas também não acho que devo me envolver em TUDO. Tem que ser autêntico, algo que tenha a ver comigo e com os meus valores para eu querer estar envolvida. Eu tenho que ser apaixonada por algo e acreditar naquilo, eu tenho que me importar com o que quer que seja. Busco encontrar algo que eu sinta que ajudei de alguma forma.
JAT: Falando sobre inspirações… Você inspira muitos fãs todos os dias. Quem foram suas inspirações quando você era mais nova? Eles são os mesmos hoje?
LP: Sim e não. Eu sinto que muitas pessoas que me inspiraram não são famosas, e há algumas que são. Mas isso muda o tempo todo. Estou sempre interessada, e me sentindo inspirada, até mesmo por pessoas mais jovens que eu. Ver o trabalho deles e o que eles estão fazendo e como eles usam a plataforma deles… Até mesmo Miley Cyrus, que é tão… Eu a amo. Eu acho ela incrível. Ela é tão autêntica e tem essa voz poderosa e está sempre lutando pelos direitos das mulheres. E ainda assim ela é tão livre, sabe. Eu simplesmente a amo. E tem também a Michele Obama que eu admiro tanto e que me inspira. Tem essas mulheres e tantas outras, até mesmo homens que estão fazendo um trabalho incrível por aí. Mas é uma mudança constante. Há sempre um novo rosto, uma nova causa e estamos sempre evoluindo politicamente, então…
JAT: Além de seus compromissos no ano passado, você também tirou um tempo para filmar o filme de David Ayer com Shia Leboeuf, “The Tax Collector”. Pouca promoção foi feita até agora fora algumas fotos dos atores em mídias sociais. Você tem permissão para falar sobre isso, você pode compartilhar essa experiência conosco?
LP: Eu não posso falar sobre o filme em si, mas eu sei que eles estão planejando lançá-lo, pelo que eu ouvi, até o final do ano. Então… Mas não é realmente meu lugar de falar sobre isso… não tenho nada a dizer sobre o que acontece com esse filme. Não está nas minhas mãos.
JAT: Você foi vista no set de “Deputy”, a nova série da Fox que David Ayer produz…
LP: Eu não estava no set.
JAT: Uma foto começou alguns rumores…
LP: Eu sei. Por acaso eu estava na cidade e fui visitar, para dizer “Oi”, porque ainda sou amiga deles. Então todos pensaram que eu estava envolvida na série, mas não estou. Eu estava no jantar porque estava na cidade, visitando amigos.
Tradução: Lana Parrilla Brasil