O episódio de Once Upon A Time dessa semana é muito especial por diversas razões, mas podemos dizer que a principal delas é o fato da estrela e protagonista da série, Lana Parrilla, trocar a cadeira de atriz pela de diretora e faz sua estreia na direção.
“Chosen” é o 17º episódio da 7ª temporada da série, e será predominantemente focado em Zelena (Rebecca Mader), que será a última bruxa de Hyperion Heights a ser alvo do Assassino Doce. Não será a primeira vez que ela se depara com Hansel (Nathan Parsons), já que os flashbacks do mundo dos contos de fada revelarão que seu primeiro encontro com a dupla foi “errado”.
O TV Guide bateu um papo com Lana sobre a sua primeira vez dirigindo, bem como as vantagens e os desafios de fazer sua estreia em uma série da qual ela faz parte há sete anos.
Confira abaixo a entrevista:
Como você teve que passar a maior parte do seu tempo atrás das câmeras, veremos alguma cena de Regina essa semana?
Lana Parrilla: Mas é claro! Vocês vão me ver, mas eu não serei o foco do episódio.
Foi muito difícil conciliar as atuações em cenas e dirigi-las ao mesmo tempo?
Lana Parrilla: Foi um pouco complicado, porque sabe como é, você acaba tendo que se ajustar ao que está sendo pedido em cada momento. Se você está presente como ator, deve evitar pensar sobre o que está ou não está funcionando na percepção do diretor, porque você está na posição de ator naquele momento e deve agir como tal. Mas aí nós saímos depois de algumas cenas gravadas, eu gravava duas ou três sequências, e então ia assistir na reprodução. Eles forneciam o monitor, assistíamos a isso para ver o que tínhamos acabado de filmar, e então eu podia criticar e dar o meu ponto de vista a partir daí. Acabou sendo um processo um pouco mais longo do que eu gostaria, mas era necessário e realmente não havia outra maneira de fazê-lo. Na verdade, achei que me ajudou bastante e foi bem útil eles terem organizado dessa maneira.
Uma outra coisa que realmente me ajudou foi o fato de que todas as minhas cenas eram predominantemente com a Rebecca, eu me encontrei com ela no fim de semana e conversamos sobre as cenas e as ensaiamos. Qualquer tipo de anotações ou ideias que eu tivesse para a personagem dela, eu me certificava de entregá-las a ela com antecedência. Então, quando fomos filmar nossas cenas, podíamos agir naturalmente e não nos preocupar tanto com a direção da cena.
O quanto te ajudou ter sua primeira experiência de direção com uma equipe com quem você já tinha trabalhado por sete anos?
Parrilla: Oh meu deus, foi como o jazz. Quando todos tocam juntos, em sincronia, e vocês já são todos experientes, e trabalharam naquilo juntos por X meses e anos, tudo funciona perfeitamente. Foi provavelmente o maior presente que a série poderia ter me dado – o amor e o apoio que eu tive ao longo dos anos da minha equipe, do elenco, dos meus produtores. Ter minha estreia como diretora em um lugar que eu posso chamar de lar foi uma das melhores experiências da minha vida. Muitas vezes você ouve que a TV é gerida apenas pela supervisão do produtor, mas eles realmente me deram muita liberdade criativa, e sou grata por isso.
Você quis tentar algo novo que não tivesse sido visto na série antes, ou você quis ficar mais perto da fórmula que você já sabia que funcionava?
Parrilla: Não, na verdade eu tentei muitas coisas diferentes. Eu trouxe muitas coisas novas que eu acho que os diretores que participaram do processo todo acabaram gostando, eles foram muito abertos às minhas ideias. Eu acho que o que realmente foi diferente foi a forma como eu quis colocar algumas das minhas cenas. Algumas delas são muito diferentes em certos aspectos- como por exemplo, mudar alguns ângulos onde as cenas aconteceram e coisas do tipo. Nós nunca tínhamos feito isso antes. Tem aquela escada em espiral no Roni’s que nunca tínhamos exploramos, e eu joguei uma câmera lá em cima, e acabou sendo uma fotografia muito legal para a cena, e uma maneira legal de abrir um dos atos.
Qual foi a maior diferença que você notou em dirigir o elenco e ser a parceira de cena deles?
Parrilla: Eu me senti mais confortável, na verdade, de uma maneira meio doida. Primeiro de tudo, eu já era muito próxima do meu elenco, mas me senti muito à vontade para conversar com eles sobre a parte atuante disso. Eu acho que eles estavam muito animados também, então foi uma experiência muito colaborativa para todos nós.
Como diretora, acho que posso dizer que me senti muito confortável e natural. Atuando, às vezes é realmente mais sobre si mesmo – você está focado em seu personagem, e você está focado na outra pessoa e no que está acontecendo na cena e é isso, mas como diretor você tem que estar pensando sobre a perspectiva de todos, e você está de fato contando a história de todos. É algo bem mais coletivo. Foi divertido ter em minhas mãos uma partes de todos eles, tipo, “Tente isso, tente desse jeito, e aí você me diz o que acho ou faça desse jeito,” eu sei que isso acaba afetando o outro ator de uma forma que eu preciso a fim de contar sua história. Eu me senti muito à vontade – continuo me repetindo em dizer que foi confortável e natural, mas essas são as duas palavras que me vêm à mente.
Existe alguma outra série além de Once Upon a Time que você gostaria de dirigir?
Parrilla: Sim, existe. Mas eu preciso explorá-las um pouco mais. Eu adoraria dirigir algo em Vancouver também, porque eu já estou sentindo falta dos meus amigos. Gostaria de talvez dirigir uma das séries que filmam por lá. Eu acho que seria muito divertido para mim. Mas eu também gostaria de dirigir algo no gênero de comédia, sitcoms e coisas do tipo – embora eu ache que ainda não esteja pronta para algo assim, mas eu adoraria fazer algo parecido com as nossas falas, com contos de fadas, algo sobrenatural, ficção científica. Acho que isso poderia ser divertido só para eu me arriscar mais nesse meio.
Eventualmente, talvez em um ano ou mais, eu gostaria de contar sobre histórias de vida, sabe? Histórias da vida real para pessoas reais, que não envolva magia e bolas de fogo ou dragões ou qualquer coisa assim. Eu acho que porque eu acabei de sair desse mundo e porque ainda estou muito familiarizada com isso, acho que me convem adquirir mais algumas experiências no mundo desse gênero antes de tentar algo totalmente novo e desconhecido.